Juliana Queiroz
Claudio Henrique
Adna Ribeiro
Jéssica Hora
Sandryelle Oliveira
Suzy Maria
Noemy Vitória
Anderson Paiva
Palavras-Chaves: Violência; Mulher; Agressões;
Psicológicas; Físicas; Número; Casos; Aumento; Lei Maria da Penha; Feminicídio;
Tortura; Assédio; Sociedade; Humilhações; Impune;
Resumo: Este trabalho, tem como objetivo falar sobre a
constante violência sofrida pelas mulheres, os tipos de agressões e o grande
aumento dos números de casos presentes na sociedade brasileira.
Já virou
rotina ouvir falar nos meios de comunicação sobre os casos de violência contra
a mulher na sociedade, sendo muitas vezes praticado por alguém próximo a
vítima, que vão desde agressões físicas até as psicológicas. É realmente
alarmante que nos últimos tempos o índice dessa violência vêm aumentando
gradativamente, são vários os relatos de mulheres que sofreram algum tipo de
agressão seja em casa ou nas ruas.
Uma das
maiores preocupações de todo o mundo é a persistência desse tipo de violência
atualmente, haja em conta que ela afeta toda uma população. “503 mulheres
brasileiras são vítimas a cada hora”, aponta os dados da revista Datafolha,
divulgando também que 52% delas resolvem se calar diante de tal violência. A
pesquisa ainda relatou que em 61% dos casos é realizada por um conhecido e que
em 19% eram atacadas pelos seus companheiros.
Assédio,
exploração sexual, estupro, tortura, violência psicológica, agressões por parte
de familiares, perseguições, feminicídio que consiste na mulher ser morta
simplesmente por ser do sexo feminino, são as diversas formas de violência
contra as mulheres no planeta.
É
inacreditável que uma em cada três mulheres sofrem ou já sofreu violência em
algum momento da vida, mesmo as mulheres lutando constantemente pelos seus
direitos elas ainda continuam sendo vítimas de maus tratos, privações,
xingamentos e humilhações.
A lei Maria
da Penha que visa a punição contra crimes domésticos trouxe normas para
protegerem as mulheres agredidas, porém, os níveis de violência continuam
altos, englobando os indivíduos do sexo feminino independente da classe social,
etnia, cultura, idade e estereótipo.
Existem
vários casos em que a mulher esconde essas agressões por medo de perder os
filhos, ser julgada ou porque dependem de seus parceiros financeiramente e
então acabam sofrendo ainda mais com os ataques por se manter calada.
A violência
contra as mulheres é a manifestação da desigualdade que foi construída e
mantida desde antigamente até os dias de hoje, algo que impõe na mulher que ela
é inferior ao homem. Um exemplo de desigualdade de gênero é quando um menino é
incentivado pela sociedade ou até pelos familiares a fazer o que quiser,
enquanto, que a menina é induzida a total preservação para ser considerada uma
“boa moça”.
A realidade
do corpo social é que ela instrui as garotas a não serem vítimas da violência
(como se elas tivessem algum poder sobre isso), a não usar roupas curtas e se
colocarem no “seu lugar” e esquecem de educar os garotos a não praticarem o
abuso e desrespeitar as mulheres.
Qualquer
abordagem em que a vítima se sinta constrangida e a sua intimidade invadida
como: cantadas, puxões pelo braço ou cabelo e assobios são exemplos de assédio
na qual o sexo feminino sofre todos os dias. As agressões contra as mulheres
são tão frequentes que já virou a 5º causa de internações no Sistema Único de
Saúde (SUS).
Palestras,
mobilizações sociais, propagandas e campanhas como a “Sou Mulher e Quero
Respeito” da TV Bahia na rede Globo, ajudam a aumentar o número de denúncias e
a conscientização.
A violência
contra a mulher também está presente em o agressor privar a pessoa a ter certos
hábitos como sair com amigas, ter privacidade em seu celular e redes sociais,
controlar dinheiro, roupas, entre outros.
Há muitos e
muitos anos atrás que observa-se uma certa cultura de a mulher ser tratada como
uma coisa usável que pode fazer o que quiser com ela e que a mesma serve apenas
para cuidar dos filhos e ser dependente do homem.
A questão
sobre a inferioridade da mulher na sociedade começou a ser discutida no século
XX, porém mesmo com os avanços obtidos, a violência contra a mulher é um
problema persistente no Brasil.
Para se
reduzir essas violências necessita um aumento nas fiscalizações públicas como
proteção das leis em vigor. O Estado deve aumentar a punição dos agressores. Em
um país tão grande como o Brasil existe somente 499 delegacias da mulher, com
isso acaba com que muitas mulheres não têm acesso aos distritos policiais para
denunciar, então vê-se muito a necessidade de o Governo investir um pouco
mais em polos policias.
Segundo os dados do Tribunal de Justiça da
Bahia (TJBA), só de janeiro até julho do ano de 2017 as varas de justiça receberam
3,2 mil novas denúncias. O TJBA divulgou que na sexta feira,18 de agosto,
inaugurará mais uma nova unidade especializada de atendimento.
O dever do Estado é vigorar mais as leis
presentes neste país, e criar cada dia mais unidades de atendimento à mulher,
para que a mesma se sinta mais acolhida ao pensar em fazer uma denúncia. Pois
muita das vezes as mulheres não conseguem encontrar o apoio devido, que o
Estado diz oferecer.
As Organizações não Governamentais precisam fazer mais
projetos ou abrigarem as mulheres violentadas. A mídia como grande
influenciadora global, intensifica seus anúncios e propagandas a favor da luta
da mulher e seus direitos.
A família como base na sociedade deve ensinar
aos seus filhos que as mulheres tem grande importância na sociedade tanto
quanto os homens, que elas devem ser respeitadas, e não é só porque está com
uma roupa curta que merece ser destratada e humilhada.
Para que assim possa-se ter uma sociedade melhor, uma
sociedade por igual. Um país e um mundo onde não exista desigualdade de sexo,
raça, etnia, entre outros.
Referências: